quarta-feira, 14 de março de 2012

SEGREDO SEGREDÍSSIMO recomendado pelo "Guia Prático para Professores de Ensino Fundamental"

Um pingo de luz em Pindamonhangaba

http://revistaguiafundamental.uol.com.br/professores-atividades/94/artigo252624-1.asp

O pedagogo e artesão Diogo Veiga não mede esforços para propagar a contação de histórias como um recurso paradidático, capaz de induzir a leitura e desenvolver a imaginação infantil




Objetivos:
Trabalhar a contação de história com objetivo terapêutico.
Despertar o interesse pelos livros e pela leitura fora do ambiente escolar, para evitar a acomodação da criança.

Instigar a imaginação e a criatividade infantil.

Faixa etária:
Crianças a partir do 1° ano.


Foto: ekatcircus.com
Para preservar a identidade das crianças que participaram do Projeto Pingo de Luz na Santa Casa de Misericórdia de Pindamonhangaba, usamos apenas fotos ilustrativas de trabalhos semelhantes, que já ocorrem em diversos outros países

Ainda no tempo da faculdade, Diogo Veiga sentiu-se despertado pelo uso da contação de histórias como recurso paradidático. De início, o empregou o recurso nas escolas infantis em que estagiava, para preparar a criançada durante o período de transição ao ensino fundamental.

Depois, com o amadurecimento profissional, passou a utilizar a técnica no ensino fundamental. Então, percebeu que, com as sessões de contação de histórias, as crianças adquiriam um maior autoconhecimento, aprendiam a cultivar as próprias emoções, despertavam a imaginação e passavam a interferir na realidade, visando transformá-la de forma criativa.

Nessa ainda nessa fase, ao escolher o repertório das histórias, dava preferência àquelas que pudessem fornecer um fundamento significativo para a educação formal e para a construção de uma visão ética e estética do mundo, sem a intervenção de moralismos nem modismos. Rapidamente, observou que as crianças começaram a se comunicar melhor, ampliaram o vocabulário, melhoram seus textos - tanto orais quanto escritos - e ainda desenvolveram o gosto estético e o senso crítico.

Com a chegada das férias de fim de ano, ao se transferir para a biblioteca da cidade, resolveu utilizar a contação de histórias com a finalidade terapêutica e, assim, surgiu o projeto Pingo de Luz, com a aprovação da coordenadora das bibliotecas da cidade, Carmen Lídia Pamplim Rodrigues.

A contação de histórias na era digital
A internet repassa à falsa ideia de que a voz e a escrita, suave e gostosa, dos participantes de chats, sempre pertencem a pessoas bonitas e cheias de boa intenção. Mas como alertar as crianças sobre os perigos que a rede oferece? Durante a contação de histórias, a dica é usar livros como Bonezinho Vermelho ou Segredo Segredíssimo. No primeiro, entre outros aspectos, a vovozinha é um hacker, que se disfarça até nas preferências do cotidiano, a ponto de afirmar que não gosta de tecnologia. Já o segundo tem como foco o abuso infantil e a pedofilia.
Bonezinho Vermelho e a Internet no Século XXI - Ivone Gomes de Assis (Assis Editora)
Segredo Segredíssimo - Odívia Barros (Geração Editorial)

Sobre a contação de histórias
A arte de contar histórias é uma prática milenar, que teve início nos primórdios da humanidade por meio da tradição oral. Tempos depois, ela se intensificou na Grécia Antiga e se consagrou no Império Árabe, por meio das famosas histórias presentes na obra As Mil e uma Noites. Nos dias atuais, por ampliar o universo literário, a contação de histórias desperta o interesse pela leitura e estimula a imaginação, principalmente a infantil, por meio da construção de imagens interiores.

Um pingo de luz em Pindamonhangaba

O pedagogo e artesão Diogo Veiga não mede esforços para propagar a contação de histórias como um recurso paradidático, capaz de induzir a leitura e desenvolver a imaginação infantil



Dica de leitura!
Esses livros são ótimas referências para o professor:
Valor Terapêutico de Contar Histórias - Para crianças / Pelas crianças - Margot Sunderland (Editora Cultrix)
Acordais - Fundamentos Teórico-Poéticos da Arte de Contar Histórias, Regina Machado (Editora DCL)
A Palavra do Contador de Histórias, Gislayne Avelar Matos (Ed. Martins Fontes)
Técnicas de Contar Histórias - Vânia Dohme (Editora Vozes)

Crédito: Arquivo 2D
Diogo Veiga, idealizador do projeto Pingo de Luz, em uma sessão de contação de história na época em que desenvolvia a atividade no ensino fundamental

Sempre é possível sonhar com o desenvolvimento da criança
Estabelecida a parceria entre a Biblioteca Municipal Vereador Rômulo Campos D'Arace e a Santa Casa de Misericórdia de Pindamonhangaba, o projeto Pingo de Luz teve início no dia 27 de abril de 2010.

Com o objetivo de levar entretenimento aos pacientes, ele deixou o clima da ala pediátrica mais ameno e alegre, o que contribuiu para a recuperação e o desenvolvimento intelectual de muitas crianças. "Embora houvesse preparado a minuta do projeto e estudado sobre a contação de histórias em ambiente hospitalar, até então, estava acostumado a desempenhar meu papel para o público escolar.

Mas como o objetivo do projeto era apresentar um novo mundo aos pequenos pacientes, mostrar que era possível sonhar, além de incentivar a leitura, que é de suma importância para o crescimento e aprendizado infantil, passei a ir de leito em leito para contar histórias, cantar, brincar e fazer atividades com folhas de papel sulfite", explica o contador de histórias.

Em meio aos obstáculos naturais do ambiente, aos poucos, Veiga conquistou espaço entre os pequenos pacientes que, para esperar a próxima sessão de contação de histórias, passaram a ser interessar por livros. Quando havia possibilidades, ele levava as crianças até a brinquedoteca da Santa Casa. Durante o aniversário de um interno, ele chegou a fazer uma sessão para pacientes, pais e funcionários e foi parabenizado pelo trabalho, que despertava a animação da criançada.

Experiência única e engrandecedora
Munido apenas de um jaleco, repleto de personagens do universo infantil, alguns livros de literatura infanto-juvenil, um jogo da memória, folhas de sulfite, mais uma caixa de lápis de cor e outra de giz de cera, logo no primeiro dia, Veiga conta que se deparou com situações angustiantes, tais como choro infantil, impaciência dos pais, falta de atividades recreativas para os pequenos pacientes, entrada e saída de auxiliares de enfermagem nos quartos, além das assistentes de serviços gerais que entregavam as refeições, enquanto ele desenvolvia o trabalho proposto. "Mas foi muito compensador. Quando eu entrava num quarto, apresentava-me, explicava de onde estava vindo e por que estava ali. Em uma das seções, deparei-me com uma senhora, que mora num bairro rural de Pindamonhangaba. Ela me relatou que não sabia o que era contação de histórias e que nunca tinha entrado numa biblioteca. Até então, achava que era apenas um lugar de se ver livros, nem imaginava que pudesse levar para casa exemplares destinados a empréstimos", conta-nos Veiga.

Entre outros casos, ele também destaca o de uma menina de 12 anos que, há 25 dias, estava internada, devido a uma infecção no pâncreas. Ela não sorria, não tinha vontade de comer e como chegou a ficar na UTI, apresentava risco de voltar para lá, em virtude da depressão. Veiga se aproximou, conversou com ela, contou histórias, brincou e sentiu seu interesse se despertar, no momento que ela manifestou vontade de participar de todas as atividades sugeridas. Após o primeiro contato, ainda no leito, ela fez um desenho sobre a história contada e pediu livros para ler, dando sinais de aparente melhora. Seu trabalho como contador de histórias, segundo os funcionarios da Santa Casa, apazigou o sofrimento das crianças, ao mesmo tempo em que, instigou o gosto pela leitura entre os internos - que estavam longe do ambiente escolar - e seus familiares.


Para saber mais
Contar Histórias - Uma Arte sem Idade, de Betty Coelho (Editora Ática).
Do Mundo da Leitura para a Leitura do Mundo, de Marisa Lajolo (Editora Ática).
Pontos para Tecer um Conto, de Reni Tiago Pinheiro Barnosa (Editora Lê).

terça-feira, 13 de março de 2012

SEGREDO SEGREDISSIMO EM BH - MINAS GERAIS

Estou aqui em Belo Horizonte e mal tenho palavras para agradecer o carinho e a acolhida do povo mineiro.
Ontem participei do Programa Brasil das Gerais, (http://todoscontraapedofilia.ning.com/profiles/blog/show?id=4788078%3ABlogPost%3A75198&xgs=1&xg_source=msg_share_post) e hoje, 13/03/12, dei entrevista para a Rede Record de Minas.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

CARNAVAL NA BAHIA

Que delícia passar o carnaval em Salvador. Mesmo para quem já não é mais tão assídua, como eu, é bom sentir a mudança da cidade, o clima de festa, a preparação para a folia ....
É como diz o cantor Gerônimo: Já é carnaval, cidade... acorda pra ver.... A chuva passou cidade, o sol vem aí.... É mar de verão, é lua de dia, oh cidade louca!!!

Axé!

Programação 2012

É hora de fazer a programação de palestras, visitas a escolas, empresas e governos e preparar a Agenda de Trabalho para 2012.
Meu muito obrigada às pessoas e instituições que aderem à campanha para colocação do tema "abuso sexual infantil" nas escolas. Assim as crianças serão devidamente orientadas e protegidas.
A sociedade brasileira pode atuar preventivamente e evitar o abuso sexual infantil. Basta querer? Não, não basta. É preciso sensibilizar a sociedade sobre o assunto e fazer o sonho virar realidade. E o meu trabalho é contribuir para que a prevenção do abuso sexual infantil seja uma realidade no nosso país. Chega de remediar! Vamos EVITAR, P-R-E-V-E-N-I-N-D-O.